domingo, 27 de junho de 2010

Recomendo: "Cartas ao professor " Silvionê Chaves



“Cartas ao Professor”- Professor Silvionê Chaves

Professor com "P" maiúsculo.


A Cia Teatral Matéria vertente começou em 2004 um trabalho destinado exclusivamente a educadores. Trata-se de uma trilogia iniciada com o espetáculo “Memórias de um Educador”. Em 2008, convidado pelo Sindicato das Escolas Particulares do Estado de São Paulo – SIEEESP, para participar do Congresso Internacional de Educação SABER 2009, iniciou-se o processo para a segunda montagem dessa trilogia: “Cartas ao Professor”. A pesquisa para esse segundo projeto foi feita pelo Professor Silvionê Chaves. Ele realizou junto a vários professores entrevistas, as quais serviram de base para a elaboração do texto. Nelas, discutiram-se temas e o autor solicitou aos entrevistados que lhe mostrassem cartas recebidas de algum aluno. Além das entrevistas, o professor Silvionê Chaves pesquisou a obra dos seguintes educadores: Paulo Freire, Rubem Alves, Georges Gusdorf, Lídia Maria Riba, Frank McCourt, Hugo Assmann, Tânia Zaguri, Gabriel Gelaya, e Hamilton Wernek. A partir dessa pesquisa, o autor escolheu 8 cartas, as quais embasam os conteúdos apresentados no espetáculo.

A sala de aula é cada vez mais um espaço desafiador para o professor. Problemas e conflitos, oriundos da crise generalizada pela qual passa nossa sociedade, estouram dentro desse local fundamental de trabalho do educador, dificultando o exercício do seu ofício. Torna-se assim urgente que ele se agarre em algumas convicções, as quais renovem o seu entusiasmo pela profissão. Essa peça foi concebida exclusivamente para educadores, sendo um alimento espiritual para eles. Ela lhes mostra o quão são importantes na vida de algumas pessoas e as cartas escritas por ex-alunos comprovam essa tese. Elas comprovam que muitos professores foram fundamentais na formação intelectual e do caráter de seus educandos. Ela também quer revelar que o magistério talvez seja a profissão mais importante da sociedade, pois todas as outras dependem dela. Por mais geniais que tenham sido Albert Einstein, Guimarães Rosa e Dr. Zerbini, todos eles tiveram um professor ou uma professora que um dia lhes abriram as portas do conhecimento e do saber.

Sinopse

Um professor dá sua última aula para um grupo de alunos, que estão prestes a receber seus certificados para ingressarem no magistério. Partindo de um ditado latino que diz”prima non data e a última abreviata”, ou seja, a primeira aula do ano não se dá e a última se abrevia, ele aproveita esse último encontro para partilhar um pouco de sua história e o conteúdo de algumas cartas. Essas marcaram profundamente sua vida e foram como uma bússola, guiando-o pelos caminhos do magistério. A partir dessas cartas, o professor irá discutir e refletir com seus alunos variados temas pertinentes ao exercício da profissão.

Tais como:
– Professor: um especialista em humanidade;
– Paixão pelo magistério;
– Ensinar: um exercício de imortalidade;
– O magistério como bem aventurança;
– Professor: provocador do desejo de conhecer;
– Educação como saber cuidar;
– O educador e as suas veredas para os momentos de crise;
– Quando o professor se torna mestre.

Para terminar a aula, o professor deixa sua última mensagem: Se de tudo fica um pouco nas paisagens de minha alma fica você. Mas, se de tudo fica um pouco, porque não querer que fique um pouco de mim em você?

Um trecho do texto da peça:

PROFESSOR – Boa noite a todos, espero que vocês estejam entusiasmados para esse nosso último encontro antes da formatura. Daqui a quinze dias, vocês receberão seus certificados e poderão exercer a profissão de professores. Seremos, pois, colegas de trabalho. Convivemos durante todo o ano, e esse é um momento muito especial para mim. O momento da despedida, em que cada um de vocês, a partir de agora, vai trilhar o seu próprio caminho.

Na minha cabeça vem a seguinte imagem: vocês têm que atravessar uma floresta, cada um leva consigo suas ferramentas, terá que podar árvores, abrir picadas, remover obstáculos para chegar do outro lado. Todos nós sabemos que é no caminhar que construímos nosso próprio caminho, não existe outra maneira. Tudo aquilo que vocês aprenderam aqui na escola com todos os seus professores, terá que ser aplicado de forma criativa na realidade que vocês irão encontrar.

Obviamente, poderemos nos dar as mãos em alguns momentos, porém cada um de vocês, da maneira que são, irá desbravar essa floresta de forma profundamente personalizada.

Existe um ditado latino que diz: “prima non data e a última abreviata”, ou seja, a primeira aula do ano não se dá e a última se abrevia. Como essa, é a nossa última aula, irei abreviá-la, ou melhor, irei partilhar com vocês um pedacinho da minha história e o conteúdo de algumas cartas...

http://www.silvionechaves.com/paginas/cartasaoprofessor/pagina1.html

Recomendo: A Lista de Schindler


Lista de Schindler

Oskar Schindler, um antigo militar polonês, bem relacionado com a SS, que progride rapidamente nos negócios ao se apropriar de uma fábrica de panelas, após o decreto que proibia aos judeus serem proprietários de negócios. Schindler se valeu de sua fortuna crescente para "comprar" membros da Gestapo e dos altos escalões nazistas com bebida, mulheres e produtos do mercado negro. Seu afiado senso de oportunidade o levou a contratar um contador judeu – mais barato do que um profissional polonês. Ele é Itzhak Stern, a mente por trás do que seria o começo de tudo: com o argumento de que os trabalhadores judeus representavam uma lucratividade maior para o negócio, ele convenceu Schindler a fazer destes 100% da força de trabalho empregada em sua fábrica. Com o tempo, famílias judias passaram a trocar suas reservas financeiras por postos de trabalho (que os mantinha longe dos campos de concentração), permitindo que os negócios crescessem ainda mais. A guerra avançou e Hitler lançou a campanha de "Solução Final", que acabaria definitivamente com os guetos, transferindo toda a população judia para os campos de concentração. Amon Goeth foi o comandante de um desses campos e um dos amigos mais próximos que Schindler teve entre os oficiais da Gestapo. Quando os trabalhadores de sua fábrica começaram a ser transportados para o campo de Plaszóvia, Schindler convenceu Goeth a colocá-los num ambiente separado dos outros, um lugar onde ficassem mais protegidos. Numa determinada noite, passeando perto de um dos parques de Cracóvia, Schindler assistiu à invasão do gueto da cidade. Dias mais tarde, ele acompanhou uma ida de Goeth ao campo de concentração e assistiu às instruções que este recebeu para cremar os cadáveres dos mortos no massacre do gueto. Schindler e o contador passaram a noite a digitar os nomes das famílias que seriam transportadas para a Tchecoslováquia ao invés de irem para Auschwitz. Para cada um dos 1.100 nomes que comporiam a lista, Schindler viria a pagar um boa soma de dinheiro a Goeth, que tomaria as medidas necessárias para o que o desvio de rota fosse bem sucedido. Schindler fundou a fábrica de utensílios de cozinha Emalia para enriquecer com a guerra. Nela empregou entre 1939 e 1944 muitas centenas de judeus. Eram a sua força de trabalho, empregados especializados, mesmo que não o fossem, não deixavam de ser escravos. Pensou, durante algum tempo, que bastava aos seus judeus e aos outros manterem-se saudáveis para chegarem ao fim da guerra vivos. Percebeu que não, depois percebeu que iam morrer todos e usou o que ganhara com eles para salvar alguns. Mais de mil. Schindler escreveu os seus nomes numa lista e deu-lhes vida.

Fonte: http://alistadeschindler.com/

Após 25 anos de magistério...


sábado, 26 de junho de 2010

Profissão: Professor

Instrui o menino no caminho em que deve andar,
e, até quando envelhecer, não se desviará dele.
Provérbios 22.6
Eu, a Sabedoria, habito com a prudência e acho a ciência dos conselhos.
O SENHOR me possuiu no princípio de seus caminhos e antes de suas obras mais
antigas. Desde a eternidade, fui ungida; desde o princípio, antes do começo da terra.
Quando ele preparava os céus, aí estava eu; quando compassava ao redor do abismo;
quando firmava as nuvens de cima, quando fortificava as fontes do abismo.
Então eu estava com ele e era seu aluno, e era cada dia as suas delícias, folgando perante
ele em todo o tempo, folgando no seu mundo habitável e achando as minhas delícias com
os filhos dos homens. Agora, pois, filhos, ouvi-me, porque bem-aventurados serão os que
guardarem os meus caminhos.
Provérbios 8.12 e 22, 23 e 27, 28 e 30-32.